Assim como o acesso aos livros ainda não é um direito real para as pessoas com deficiência visual, o acesso à educação inclusiva também ainda não é uma garantia real e verdadeira, apesar de as leis brasileiras dizerem o contrário.
Mesmo com o esforço dos professores, a qualidade da educação inclusiva para os alunos cegos ou com baixa-visão ainda não possui a qualidade mínima necessária.
Desse modo, atualmente a educação inclusiva ainda não tem condições de garantir um futuro justo e igualitário para os alunos com deficiência visual do Brasil.
Falta tudo, mas principalmente profissionais capacitados mais próximos da comunidade escolar, capacitação para os professores, equipamentos e uma dose cavalar de empatia e comprometimento das autoridades públicas em relação a uma minoria, que pode até não andar, não ouvir, não ver, ou ter dificuldades para raciocinar, mas ainda assim são seres humanos que tem capacidade de produzir trabalho e cultura, assim como todos os outros.
Durante o Período de Pandemia, as crianças com deficiência são um dos grupos ainda mais prejudicados pela falta de estrutura das escolas, pela falta de visibilidade dos governos, e pela falta de tecnologia assistiva ou profissionais capacitados para usar ela de forma adequada.
Para garantir o acesso à educação inclusiva, é necessário incluir as crianças e jovens com deficiência nas discussões do governo, no preparo das aulas e no planejamento da escola, não basta apenas incluir na lista de chamada da turma, por que isso gera números, mas não forma cidadãos.
Como uma forma de contribuir de algum jeito com a melhoria da educação inclusiva, no Vídeo abaixo, a professora Camila Domingues oferece cinco dicas muito úteis e simples para ajudar os professores a prepararem as atividades para os seus alunos com deficiência visual durante esse período de pandemia, mas que com toda certeza podem ser aproveitadas para qualquer outra deficiência em outros momentos também.
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