Assim como no Metrô de São Paulo, a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) também começa a causar problemas para as pessoas com deficiência em várias Estações da rede ferroviária.
Segundo informações de usuários com deficiência e funcionários da Companhia, a estação Francisco Morato estaria em discussão para proibir os funcionários de acompanhar pessoas com deficiência até às saídas ou até os terminais de ônibus municipais, que são conectados à estação, deixando de atendê-los na linha de bloqueios, ou em termos populares: Largar as pessoas nas catracas da estação.
Os mesmos usuários afirmam que são atendidos no desembarque apenas em uma pequena porcentagem das viagens, sendo que tanto nesta como em outras estações da rede, para chegar à linha de bloqueios, normalmente às pessoas com deficiência precisam pedir ajuda à usuários que estão desembarcando.
Se esta informação for confirmada, os funcionários da CPTM na estação Francisco Morato, virtualmente deixariam de atender às pessoas com deficiência, que ficariam sob responsabilidade dos demais usuários.
Via Twitter, a CPTM apenas declarou que “Alguns usuários pedem para serem deixados na linha de bloqueios”, mas não comentou a informação de que a estação Francisco Morato estaria discutindo encerrar o atendimento dos usuários na linha de bloqueios.
Se a informação for verdadeira, a atitude representa um retrocesso, visto que a estação é improvisada e as adaptações de acessibilidade são ineficientes, em alguns casos, chegam a apresentar riscos para os usuários com alguns tipos de deficiência.
Às pessoas tem diferentes níveis de experiência e nem sempre estão acostumadas a circular pela estação, podendo estar só de visita ou se sentir mais seguros com apoio de um funcionário.
Em qualquer dos casos, é inadmissível que a gestão da estação tenha a prerrogativa de abandonar o usuário na linha de bloqueios.